abril 22, 2009

Notícias Magazine: Rita Guerra

“Nunca tive a pretensão de ir para o estrangeiro”


Canta quase tão naturalmente como vai percorrendo os episódios da sua história, gravada nas faixas de uma carreira que se vai acrescentando com “paixão” pela “única vocação” que descobriu criança ainda. Vinte e cinco anos depois, do velho piano antigo cheio de memórias da avó, aos palcos de madeira desgastada dos bares onde se iniciou ao vivo, dos espectáculos no Preto e Prata do Casino aos primeiros lugares dos tops de vendas, Rita Guerra continua a ser como é e prepara os dois grandes espectáculos nos Coliseus de Lisboa e do Porto, a 20 e 21 de Março, “corolário” de uma época da sua vida preenchida por canções, as suas, entoadas por um coro de vozes que se alastra e multiplica à velocidade das emoções que propaga na voz, de norte a sul do país.

Texto
Pedro Cativelos
Fotografia
Patrícia de Melo Moreira



Se o mote para esta entrevista são os vinte cinco anos de carreira que agora concretiza, comecemos então pelo princípio. Tem noção do momento em que se inicia verdadeiramente a sua vida artística, ou pelo menos de quando começa a desenhar no pensamento a ideia de seguir profissionalmente uma carreira na música?
Tinha para aí dez anos, quando me sentei ao piano que a minha avó tinha em casa e vi que estava afinada… Pronto, foi assim que comecei a ir para a entrada do prédio que tinha uma acústica espectacular colocar toda a gente a bater nas paredes para me calar, mas não conseguiram! De forma profissional e assumida apareço enquanto artista alguns anos depois, a cantar ao vivo, no circuito dos bares, aos dezasseis, creio eu. De lá até cá foi um pulinho.

Passou depressa foi?
Muito, demais, mas interessa-me mais o presente, esse é que é preciso aproveitar.

Olhando-se para si, custa a acreditar que já leva um quarto de século de carreira… E disse-o assim para acrescentar peso ao tempo!
(Lança uma gargalhada) É bastante de facto! Acabam por ser assim tantos porque considero que a minha carreira se inicia precisamente no primeiro espectáculo em que fui remunerada.

Lembra-se da primeira música que cantou ao vivo?
Hum… (começa a cantar) I dont wanna talk about it…

Rod Stewart?
Sim, sim, mas a primeira mesmo não foi essa. Deixe-me ver… Foi quando tinha doze anos, num dia da mãe na base das Lajes onde o meu pai estava na altura, quando ganhei até o meu primeiro cachet, 15 dólares na altura, com um tema da Kim Carnes chamado My Old Pals. A seguir cantei o Love Song do Elton John: (recomeça a entoar)“Its a litlle bit funny…”

E nunca teve dúvidas de que seria esse o seu futuro?
Estava decidida mesmo, era isso que queria fazer e nunca me desviei do objectivo, principalmente depois de ter deixado o ballet que me fez optar então decisivamente pela música.

Em “O Melhor de Rita Guerra Acústico”, rememora precisamente essas duas décadas e meia. Calculo que então aí, o turbilhão de memórias tenha sido ainda maior…
Engraçado isso... Por acaso estava constipada quando gravámos, o nosso pior inimigo, mas acabou por correr tudo bem. Já tínhamos feito vários espectáculos, a banda estava rodada, tínhamos tudo bem preparado. Tivemos várias sessões de ensaio sério, havia segurança, boa disposição, nada de fretes, somos uma banda, um grupo de amigos que se entrega de corpo e alma a isto que gostamos de fazer. Em cima do palco, foi começar a cantar e pronto, foi a nossa noite, senti-me quase como se estivesse na sala de estar lá de casa, rodeada de amigos e caras conhecidas.

E o resultado final, como o vê?
Acontece-me quando estou a ouvir o disco, dar por mim a enviar mensagens aos meus amigos a dizer-lhes para ouvirem isto ou aquilo, que na altura nem me apercebi, ainda por cima quando o mais natural é procurarmos defeitos depois de algo estar acabado.
Um acústico tem sempre algumas imperfeições próprias do formato, mas talvez isso lhe dê também uma identidade única. Deu-me um prazer enorme fazê-lo, ainda maior pela aceitação que tem tido.

Tquando a ouça falar, dá-me toda ideia de que de facto acredita e sente que nasceu para isto…
Para cantar?! Claro, é o que sei, o que gosto, sei que é o meu maior, talvez único talento!

E se não tivesse descoberto a música, ou vice-versa, por onde teria seguido a sua vida, tem noção?
Talvez decoradora que é uma coisa feminina! (Sorri)

Decoradora?!
Ou motorista, também gostaria de o ter sido porque adoro carros e gosto de conduzir! Muitas vezes quero levar a carrinha com os músicos todos, mas a minha manager não me deixa, diz que tenho de descansar para os espectáculos!

Antes de começarmos a conversar, pude ver que dançava e cantava ao som da música ambiente… Fale-me dessa sua paixão pela música que, pelo menos à primeira vista, a liberta de tal forma.
É paixão mesmo! Herdei-a dos meus pais, e desde muito pequenina convivi com isto porque vivemos sempre numa casa cheia de música, em que esse sentimento era partilhado tanto com os meus pais como com os meus quatro irmãos.

O que gosta a Rita Guerra de ouvir?
Gosto de tudo, um pouco consoante a minha disposição… Tenho sempre música a tocar em casa, da Lara Fabian aos Linkin Park, passando pelas várias sinfonias do Beethoven por exemplo! Sou a mais nova de cinco, e toda a gente em casa sempre me habituou a ouvir todo o tipo de música, principalmente clássica. Depois foi estudar, aprender, aperfeiçoar.

Muita diversidade nos gostos…
Sim, entra-me tudo, desde que goste, não tenho quaisquer preconceitos musicais sabe, e, para dizer a verdade, acho que poucos terei noutros aspectos da vida!

Clássica também…? Como sem palavras se consegue transmitir tanta emoção, extraordinário, não lhe parece?
É mesmo, porque as emoções são universais, não têm nacionalidade, ou linguagem própria! Acontece-me por vezes ir no carro, fechar os vidros e começar a ouvir música clássica… Eleva-nos a um plano superior!

No entanto, em termos de carreira aproxima-se de outros modelos musicais, talvez mais para a Lara Fabian…
Sim, gosto dela de facto, como da Celine Dion, como da Oleta Adams que tenho ouvido muito nos últimos tempos, por exemplo, em que o predomínio da voz na canção se faz notar sobremaneira e talvez seja esse o ponto em que encontro maior proximidade com elas.

A Rita revê-se nesse perfil de cantora, em que a potência e qualidade vocal se sobrepõe muitas vezes à qualidade da própria composição?
Sei que não é só preciso ter voz, mas também saber usá-la! Numa boa canção é tudo importante.

Continua a não compor, porquê?
Acho que é por ter informação a mais no cérebro, ouço muita música e acabo sempre por cair em algo que não é novo, a seguir a linha de algo que já ouvi, mesmo que não saiba de onde é. Acho que não nasci para isso, ao contrário do Paulo Martins, o meu ex-marido que compôs grande parte do meu repertório, e que realmente é muito bom a fazê-lo.

Nos seus inúmeros clubes de fãs, não é incomum encontrar a palavra diva associada a si…
Não, não, me considero nenhuma diva! Sinceramente, apenas vivo com a preocupação de dar o meu melhor, ao público e a mim mesma. Mas fico obviamente muito satisfeita, por saber que agrado tanto ao ponto de receber elogios destes. São muito bons e aumentam-nos também a responsabilidade, a vontade de dar sempre mais e melhor.

E que mensagens lhe fazem mais habitualmente chegar?
Tanta coisa… Sou atenta a isso, por respeito ao carinho que têm por mim. Sabe que não é raro dizerem-me que foi ao som da minha música que deram o primeiro beijo, que se amaram a primeira vez, que foram felizes, que se casaram até… Acho isso lindo, deixa-me orgulhosa poder com a minha música estar presente dessa forma na vida de tantas pessoas. Acho lindo.

Tem noção das centenas de milhares de vezes que o Brincando com o Fogo (mais conhecida por Cavaleiro Andante) terá sido cantado nos bares de karaoke de todo o país?
(Sorri) Eu sei, eu sei… Mas sabe que mais? Nunca fui a um bar de karaoke!

Nunca?
Não mesmo!

Mas é impossível dissociar essa música da ascensão que a sua carreira em termos de reconhecimento, depois de ter sido editada, não acha?
Reconheço que sim, são coisas que acontecem e por vezes não se percebe bem porquê. A canção é orelhuda, surgiu como genérico final de uma novela que se chamava ´Por Amor` porque tinham pedido ao Jan Van Dyke uma canção e tínhamos essa maqueta gravada. Assim foi, quase por acaso que de repente o Cavaleiro Andante que era para ir para a gaveta se tornou um mega sucesso.

Ia para a gaveta, a sério?
Sim, era uma boa canção mas não tinha onde a colocar. Por vezes isto acontece, gravamos algo que pensamos que vai ter muito sucesso e depois nada acontece, e o contrário também porque o meu gosto, na maior parte das vezes, não vai de encontro à realidade do top nacional. Gostos são isso mesmo, variam muito e há sempre surpresas.

Encara pela primeira vez nessa altura, a fama de ser uma das mais reconhecidas cantoras portuguesas. Como lida com isso, hoje em dia?
É algo que me responsabiliza, que me deixa mais motivada ainda, se preciso fosse. Não ando aqui para ver os outros, nem para aquecer, se o trabalho que se faz, o trajecto que se escolhe estão de acordo com o que o público pretende e gosta, fantástico, significa que estou no caminho certo

Encontrou o seu caminho então?
Isso mesmo, eu que andei tantos anos a fazer tanta coisa, descobri que é por aqui mesmo, por todas essas razões.



Presumo que não voltará ao Casino tão cedo, depois dos mais de dez anos que lá passou…
Sim, é verdade, foram quase duas décadas da minha vida ali. Saudades?! Nenhumas, chegava a estar três anos a cantar a mesma coisa todos os dias, muitas vezes para públicos que não o mereciam, quase a dar pérolas a porcos! Chegávamos ao fim de certos números e muitas vezes nem aplausos recebíamos, para além das discussões na sala, das pessoas aos gritos… Não! Agora tenho o meu público que me vai ver porque quer, que me procura e a quem dou o meu melhor em retribuição a esse esforço que fazem por mim, e que agradeço profundamente.

Parece diferente o mercado nacional de venda de discos, pelo menos se olharmos para os mais vendidos do ano passado, e dos primeiros meses deste novo ano, em que se podem encontrar, ao contrário de há alguns anos atrás, vários artistas portugueses.
Penso que há lugar para todos, porque também o público é tão distinto que existe procura suficiente para a maior variedade que vai aparecendo, e isso é um bom sinal.

Mais tarde na sua carreira, voltou a surpreender muita gente com o dueto com o britânico Ronan Keating, como aconteceu isso?
Gosto muito dele, foi uma experiência diferente pelo facto de ser um artista internacionalmente reconhecido e porque aconteceu através de um convite directo do próprio colega, o que é sempre recompensador. Mas acabou por ser incrível chegar à conclusão que havia um grande entrosamento, talvez porque apesar de sermos pessoas diferentes, temos o mesmo tipo de referências musicais. E julgo que foi isso que nos levou a partilhar, com tanta facilidade e tanta energia positiva, uma canção como aquela que teve todo aquele êxito há dois anos atrás.

Tem algum outro dueto dos seus sonhos?
Sim, o George Michael. Penso que era a pessoa com quem mais gostava de cantar! Sensibiliza-me imenso, escreve lindamente, tem uma afectividade na interpretação que me arrepia sempre que o ouço.

Não chegou nessa altura a pensar em internacionalizar a sua carreira?
Foi uma ideia que me passou pela cabeça, claro que sim, mas nunca tive grande pretensão a ir para o estrangeiro. Aquela coisa de andar de hotel em hotel a fazer digressões de seis meses foi coisa que nunca me atraiu. Vou quando tenho espectáculos nas comunidades emigrantes e gosto. Tenho a minha casa, os meus filhos, as minhas coisas, as minhas cadelas, assim estou muito bem!

Não a via assim tão caseira…
Mas sou! Apesar de noctívaga, não saio muito, não vou a discotecas, nem a locais com demasiada gente. Sou um pouco avessa às cidades grandes desde que estive nos Açores, em pequena. Gosto da minha zona de facto, moro em Mafra, que é calmíssima… E acordar de manhã, ir tomar o pequeno-almoço ao cafezito do costume, passear até à praia, tratar da minha casa, que não tenho empregados por opção, fazer jantaradas para os amigos, lavar a loiça…

É pessoa para ter muitos amigos?
Não, tenho poucos amigos no verdadeiro sentido da palavra, mas são os necessários. Com a vida percebemos que podemos contar mais com uns de quem não esperávamos tanto, enquanto outros ficam pelo caminho. Não sei quem diz que ´se queres ver quem são os teus inimigos, dá uma festa, se queres ver quem são os teus amigos, fica doente`. É assim mesmo, mas felizmente, os que tenho são de facto verdadeiros, já o senti.

É comum em vários artistas, esse apego às pequenas rotinas do dia-a-dia. Para não perder o contacto com a normalidade quotidiana do cidadão comum que encontravam antes do sucesso, quase como forma terapêutica, é por aí?
Talvez… A verdade é que isto não são tudo rosas! Hoje és muito bom e amanhã não existes, aprendi isso com esta vida. A crise está para todos, não sou empregada efectiva de ninguém, nem tenho quaisquer garantias de uma velhice confortável, não tenho mesmo! Eu trabalho a recibos verdes, tenho uma poupança reforma, e tenho cuidado comigo, tem de ser, portanto tenho é de trabalhar, preservar-me e continuar a procurar agradar-me a mim e a quem gosta do meu trabalho.

Transmite a ideia de uma pessoa positiva, embora realista, determinada, confiante, é verdade?
Sim, para mim não há problemas, mas soluções. A minha vida não foi tão fácil como se possa pensar, tive de aprender a dar um murro na mesa, a ser determinada, focada no que quero, no que tem de ser.

É hoje aquilo que desejava ser, enquanto pessoa?
Se calhar em relação a algumas coisas fiquei mais sensível, mais permeável, mais paciente, enquanto que em relação a outras me tornei absolutamente intransigente porque não há dúvidas que há momentos em que um ´não` pode ser determinante e inabalável.

É hoje então uma mulher sem medos?
Sim, por causa disso levei sempre por tabela, fiquei sempre eu mal, mas aprendi. De qualquer forma, estou cá para as curvas, é o que interessa.

Sei que costuma ser abordada por cantores mais jovens, o que creio ser natural, devido ao destaque e à já relativa longevidade da sua carreira. O que lhes costuma dizer?
Sem qualquer pretensão, também lhe digo que isso não acontece com tanta frequência assim, mas de uma forma geral os conselhos que dou, que vêm da minha própria experiência têm muito a ver com o facto de se dever ser verdadeiro no que faz. Um estilo e uma postura consistentes nunca passam de moda. E depois, claro, os cuidados com a voz e o corpo porque a vida artística exige muito de nós e por mais energia e vontade que tivermos, não fazemos nada sem cuidar bem da nossa saúde.

Teve sempre todos esses cuidados e preocupações, ou também por vezes caiu no ditado do ´faz o que eu digo…`
(Sorri) Fumei dois maços por dia durante 15 anos, mas parei. Não bebo álcool nem coisas com gelo, nem café… Bebo muita água, tenho sempre gengibre à mão, que é bom para a garganta… Penso que ninguém está livre de sofrer um problema nas cordas vocais… É preciso ter cuidado porque a idade toca a todos. Olha, o Elton John de quem sou fã, perdeu tanto com os anos!

Com uma vida tão cheia, como a sua, o que lhe falta ainda?
Sei lá… Estou hoje rodeada de coisas boas que, ao longo da minha vida nem sempre tive. Tenho amigos, os meus filhos, a minha carreira, tudo coisas maravilhosas. O que quero sinceramente é continuar a ter saúde! Hoje procuro apenas o bom da vida, o que é mau afasto e ponho de parte, já não perco tempo com isso.

Não a preocupa, ainda por cima no seu caso, que um dia a voz lhe falhe, a idade, e todos os outros efeitos da passagem do tempo perturbem a sequência da sua carreira?
Tenho o maior orgulho nos meus quarenta e um anos! Como dizia há pouco, há que ser genuíno. Preocupo-me comigo e com o meu instrumento mas há que saber envelhecer, e ter alguma sorte também. Conto andar por cá enquanto me deixarem e eu souber que o posso fazer na plenitude do que posso e sei.



Biografia
Rita Guerra nasceu em Lisboa, a 22 de Outubro de 1967. Assinou o primeiro contrato discográfico aos 22 anos, que lhe valeu a gravação, em 1990 do álbum de estreia "Pormenores Sem a Mínima Importância", apadrinhado por Rui Veloso.
Seguiu-se "Independence Day" (1995), totalmente cantado em inglês e "Desencontros" cinco anos depois, no início do novo século e de uma nova fase na sua vida. O álbum de duetos com Beto, confirmou a crescente popularidade junto do grande público, arrebatando um esmagador e duradouro sucesso de vendas e airplay, principalmente com o tema Cavaleiro Andante, ainda hoje um marco na sua carreira e porventura a sua música mais emblemática.
"Da Gama", um álbum étnico lançado em 2001, marcou uma nova viragem na carreira. Produzido pelo maestro Pedro Osório, assinalou o primeiro encontro profissional da cantora com Paulo de Carvalho, outro dos participantes no disco.
Em 2002, no auge do sucesso da primeira edição do programa 'Operação Triunfo', Rita Guerra é convidada pela RTP para representar Portugal no Festival Eurovisão da Canção. Em Riga, na Letónia, cantou "Deixa-me Sonhar (Só mais uma vez)".
O álbum "Rita", lançado em 2005, marcou a consagração definitiva. Escrito e produzido por Paulo Martins, o disco é uma colecção de canções elegantes que potenciam a voz que a define desde cedo. Edição da Farol Música, atingiu em Março de 2006 a marca da dupla platina, correspondente a mais de 40 mil unidades vendidas, tendo estado nos lugares cimeiros do top nacional, ao longo de dez meses.
Continuou entretanto a ser uma das vozes Portuguesas da Disney. "Hércules", "O Príncipe do Egipto", "Rei Leão", "A Pequena Sereia", "Branca de Neve" e "Tarzan" são alguns dos filmes onde pode ouvir-se a sua presença vocal.
Ao vivo, e ao longo de mais de dez anos, cantou todas as noites, integrada no elenco do espectáculo do Salão Preto e Prata do Casino do Estoril. Teve ainda tempo para embarcar em duas digressões nacionais de enorme sucesso, com os espectáculos "As Canções do Século" (com Lena D'Agua e Helena Vieira, um trabalho também convertido em disco) e "POPera" (com Beto e Helena Vieira).
Em Março de 2006, e dando sequência ao crescimento que a sua carreira vinha tendo nos últimos anos, realiza no Coliseu dos Recreios o primeiro grande espectáculo a solo em 10 anos. O concerto marcou o regresso à estrada, numa digressão nacional de grande sucesso e inúmeras solicitações, para salas e recintos sempre esgotados e assistências médias de 5.000 pessoas.
Depois de "Sentimento", lançado em 2007, regressa então em 2009, acústica, revisitando os maiores êxitos da vida artística em “O Melhor de Rita Guerra”, com espectáculos marcados para 20 e 21 de Março, nos Coliseus de Lisboa e do Porto.

Notícias Magazine, Abril de 2009

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