abril 22, 2009

Notícias Sábado: A nossa Tropa de Elite


Pela primeira vez, uma equipa de reportagem visitou as cinco unidades que constituem a Unidade Especial de Polícia. A NS mostra-lhe o treino rigoroso, o equipamento ultramoderno, as simulações com fogo real e todos os pormenores do dia a dia da verdadeira tropa de elite portuguesa.



Texto
Pedro Cativelos
Fotografia
Patrícia de Melo Moreira


As cancelas estão fechadas ainda. Os últimos instantes da madrugada, na Quinta das Águas Livres, em Belas, o quartel general da Unidade Especial de Polícia, são inundados pelo movimento contínuo de veículos a entrar e a sair. Partem os que estiveram de sobreaviso durante a noite, iniciam o dia, aqueles que se preparam para entrar ao “serviço dos cidadãos”, expressão que se vai repartindo por várias bocas e respostas. Sucedem-se as saudações aos agentes que asseguram a segurança do recinto, “já nos conhecemos todos”, comentam, com o som dos tiros ao longe, a fazer de cortina sonora de fundo, para lá da neblina gelada a que os muitos homens e poucas mulheres que por aqui trabalham já se habituaram por falta de outro remédio, no campo de tiro que mais logo, haveríamos de visitar.
A Unidade Especial de Polícia nunca dorme, mas desperta bem cedo. Criada em 2007 no âmbito da Lei Orgânica da PSP, a UEP inclui sob um mesmo comando, chefiado pelo intendente Augusto Magina da Silva, o Grupo de Operações Especiais, o Corpo de Intervenção (aguardam a transferência para Belas, estando ainda na Ajuda, em Belém), o Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo, o Corpo de Segurança Pessoal e o Grupo Operacional Cinotécnico (binómios de agentes e cães). Da sua actividade habitual, consta igualmente o acolhimento a forças especiais de outros países, “numa perspectiva de troca de conhecimentos e experiências, normal entre forças de segurança”, havendo registo e memória de passagens das SÃS inglesas (que deram a formação aos primeiros elementos do GOE na década de oitenta), da Delta Force americana, da GSG-9 da Alemanha, de Unidades Anti-Terroristas da Guardia Civil de Espanha e de Israel, para além da famosa, pelo filme e não só, Tropa de Elite brasileira. “Se gostávamos que um dia que fizessem um filme sobre nós? Aquilo é boa gente, é o que lhe posso dizer, bons companheiros de profissão. Mas o Brasil não é Portugal e além disso, não trabalhamos para aparecer em filmes...”, reitera o comandante.
Esta unidade, e devido às várias forças que concentrou por debaixo da teoria mas também da prática, nos cinquenta hectares da Quinta das Águas Livres, está assim vocacionada para os mais diversos serviços de segurança. Operações de manutenção e restabelecimento da ordem pública, resolução de incidentes críticos, intervenção táctica em situações de violência concertada, segurança de instalações sensíveis e de grandes eventos, segurança pessoal dos membros dos órgãos de soberania e de altas entidades, inactivação de explosivos e segurança em subsolo e aprontamento e projecção de forças para missões internacionais... Por aqui, não há qualquer mal que não tenha remédio, ou pelo menos uma cura menos dolorosa...
Apesar de autónomas, as cinco subunidades podem intervir conjuntamente em qualquer cenário de risco ou, então, o comando pode indicar missões específicas a cada uma das forças, como explica o intendente Magina da Silva, comandante da UEP. “As cinco unidades que já antes eram de qualidade, deram um salto ainda maior resultante da articulação e coordenação que aqui existe. Uma unidade que concentra todas estas forças só tem a ganhar com o facto de estar sob a alçada de um único comando, e no mesmo espaço o que facilita também muito do trabalho de cada uma delas e da coordenação entre todas", sublinha.
Desde que Magina da Silva tomou posse, em Maio do ano passado, a UEP interveio inúmeras vezes. “Sim, quase todos os dias temos trabalho. Depende das ocorrências”, considera.
A mais falada de todas, terá sido, porventura, a noite longa do assalto à dependência do Banco Espírito Santo de Campolide, em Lisboa. Oito horas de espera, muitos nervos, suor, lágrimas e... sangue, num final de noite que elevou a UEP, os snipers e os negociadores, à categoria de heróis conhecidos do grande público. “É verdade que se calhar, e pela exposição mediática do caso, acabou por se falar muito de nós nessa noite. Mas como verão, o treino prepara os homens para momentos de stress como aqueles, e acabam por encarar todas as situações em que se vêm envolvidos com o mesmo espírito e mentalidade. Quanto a essa noite em particular, não podemos falar muito sobre isso que está em segredo de justiça, mas o que é facto é que o trabalho foi cumprido, com uma perda humana que se lamenta sempre, mas assinalando que o objectivo principal foi atingido, e os reféns foram libertados”, assinala.

Sete e meia da manhã. Está na hora da formatura da mais famosa unidade de segurança portuguesa. Nas fardas pretas encobertas pelos coletes à prova de bala, assinaladas com a identificação numérica de cada um dos seus setenta e quatro elementos, podem ler-se as iniciais que a baptizam. O GOE, Grupo de Operações especiais, que completa agora trinta anos de existência, teve origem no Corpo de Intervenção da PSP, apesar de só ter começado a actuar em cenários reais, apenas em finais de 1982. De então para cá, desde a primeira missão, ainda em 1983, quando um Comando Arménio, usando carros alugados, invadiu a residência do embaixador da Turquia matando um agente da PSP que fazia parte da equipa de segurança da embaixada, ordenada pelo então primeiro-ministro Mário Soares, actuaram em centenas de cenários de perigo, em Portugal e no exterior. Desse tempo, no entanto, já restam poucos. “Sim, a média de idades está entre os vinte e os trinta anos. Muitos deles, transferem-se depois para outras unidades, onde utilizam a experiência que adquiriram aqui para outro tipo de missões”, explica o comissário Malheiro, um dos responsáveis pela unidade.
Não são de muitas palavras, nem podem, por razões de segurança, revelar os traços da identidade. Não abdicam por isso, das máscaras negras, “por esse motivo, mas também uma questão de impacto visual, também”, explica-se. Medo, é igualmente uma palavra que por aqui não se pronuncia, silenciada pelo estrépito ensurdecedor das pistolas-metralhadoras, HK MP-5, com que se fazem acompanhar durante a maior parte do tempo. “Estão aqui apenas os melhores, provenientes de outras forças especiais, que são treinados apenas para actuarem em cenários de perigo eminente para os cidadãos. Rituais?! Carregar as armas, algo que só fazemos quando estamos na carrinha, a caminho do serviço”, complementa.
O treino físico é regular e intenso. Caminhadas, natação, percursos de risco, passagem de liana em liana, escalada de imóveis, exercícios de descida rápida de helicópteros, rappel e ginásio. Depois dos treinos físicos da manhã, hoje o grupo é dividido pelas várias salas do ginásio, em que se pratica um misto de artes marciais que vai do Krav Maga ao Kickboxing. Mais tarde, um treino com fogo real, para aguçar os sentidos e despertar os reflexos. O intendente Magina presencia o exercício, que se passa num armazém que se parece quase como um estúdio de televisão, em que as divisões não têm tecto, e que, visto de cima, proporciona o acompanhamento de toda a acção que se desenrola debaixo dos nossos pés. “Neste caso, existem reféns dentro da casa e temos de os resgatar”, explica Silvestre, outro dos comandantes da Unidade. Depois da primeira explosão, do lançamento de gás para confundir os potenciais perpetradores, de muitos tiros, e portas arrombadas, conseguem fazê-lo, sem danos visíveis para os desenhos de pessoas inocentes que preenchiam os recantos do cenário. E recomeça tudo uma outra vez, “para que se eliminem as falhas, e se corrijam os erros”, ouve-se.
Os atiradores de precisão, mais conhecidos por snipers, não estão no entanto por aqui. Olhando com mais atenção para o segundo andar de um dos edifícios da quinta, consegue ver-se uma mira telescópica, apontando para um alvo a duzentos metros. Mais de perto percebe-se. Ocuparam um dos pisos, equiparam-no com redes e camuflagens próprias de uma qualquer situação real de perigo público em que tivessem de intervir sem serem detectados. Permanecem deitados, têm medidores de distância, da intensidade do vento, estão serenos, sem no entanto retirar o indicador do gatilho, ou o olhar da mira. Não emitem um único som, sequer audível a curta distância, e quase nem se pressente a sua respiração. “Durante o curso, procuramos determinadas características em cada um deles, para que no final, sejam incluídos de acordo com as suas capacidades e as nossas necessidades um determinado serviço. Para se ser um atirador de precisão são necessárias algumas capacidades inatas, para além da boa pontaria. A paciência e a concentração são determinantes em cenários de elevada pressão psicológica para quem tem esta responsabilidade”, explica o comissário Malheiro.
“Se já matei? Sim já aconteceu. Mas não podemos ficar a pensar muito nisso, faz parte do trabalho e estamos organizados enquanto grupo para superar todas essas coisas, para não ficarem marcas em nenhum de nós”, explica um dos atiradores, segundos antes de disparar, e atingir com sucesso, o alvo, a mais de duzentos e cinquenta metros.
Na rua, uma outra demonstração se vai preparando, menos bélica, como se pressente pela forma comos as coisas se preparam, assim como pelos elementos envolvidos. Cabelos grisalhos, caras destapadas, comunicação directa, com o olhar, com a palavra, com os gestos. São os sete investigadores do núcelo central de investigação, que pertence também ao GOE. Chegam entretanto duas carrinhas que parecem estúdios de realização sobre rodas, equipadas com câmaras, e antenas de transmissão por satélite. “São os veículos de negociação”, apontam, explicando ser ali, nas cadeiras, em frente aos vários televisores, telefones, e quadros de apontamentos, que este grupo de homens, na casa dos quarenta anos, costuma passar horas “intermináveis, mas que quase sempre resultam bem”, recordam com orgulho. Não se podem identificar, mas explicam o seu trabalho, sem grandes problemas em desvelar segredos profissionais que possam ajudar os criminosos. “Não somos psicólogos como tanta gente pensa... Andamos é há muitos anos nisto! Obviamente que há certos truques, mas cada caso é um caso. Normalmente entramos nós primeiro em contacto com o sequestrador. Depois, levamos-lhe um telefone, comunicamos, mantemos a comunicação.... Como já todos passámos pelo GOE e estivemos no terreno, tentamos facilitar o trabalho deles, e em grande parte das situações nem é preciso recorrer à força ”, adverte Faria, há 25 anos na PSP, negociador há três.

Será porventura a mais romanceada imagem de força policial que existe. Cabelos curtos, bem penteados com gel, óculos escuros que não deixam descobrir para onde se direcciona o olhar, fato ou tailleur (para as agentes, que existem nesta unidade, ao contrário de todas as outras) bem aprumados. O Corpo de Segurança Pessoal da PSP aparenta-se com a imagem ficcional dos guarda costas, mas apenas durante breves segundos, até os canos das armas começarem a flamejar, despejando fogo contra o inimigo em forma de alvo estático. “Este exercício, entre muitos outros, tem o objectivo de os focalizar para a protecção de entidades públicas de importância de Estado”. O chefe Teixeira, que lidera a unidade, explica o exercício aos homens que hoje vieram praticar. No total, são mais de duzentos e setenta os operacionais, que se dividem entre as mais variadas tarefas de protecção e acompanhamento de individualidades. “Nem todos andam assim vestidos, depende da ocasião. Podem estar a acompanhar o primeiro ministro, ou o presidente da republica, por exemplo, mas se estiverem a proteger uma testemunha num processo judicial, não se trajam assim, adequam-se à circunstância porque a descrição é fundamental neste tipo de actuação”.
Alguns veículos de alta cilindrada, pertença da unidade, aproximam-se. “Estamos a simular o ataque a viaturas oficiais”. De repente, um tiro furtivo impulsiona a adrenalina, tomam posições esquematizadas durante a formação, e retribuem o fogo, retomam aos veículos, e abandonam a cena, a grande velocidade. Poucos segundos depois, do sucedido, apenas cápsulas de bala esmiuçadas (trabalha-se sempre com munição real), e marcas de borracha queimada no asfalto. “Receio?! Somos carne para canhão, treinamos para nos esquecermos de nós, e nos preocuparmos apenas com a integridade plena da pessoa que nos destinaram proteger... Bom trabalho”, solta, em direcção aos seus homens.

“Se tudo se resumisse ao famosos fios vermelho e preto, não seria preciso andarmos tantos anos a aprender e a praticar para fazer isto não é?!”. O tom humorado pertence ao chefe Soares, quando fala do “seu” Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo, que reúne dez homens que conhecem explosivos, químicos, ameaças radioactivas em terra e no mar, como se da própria família se tratassem. Perigos com que afinal acabam por ter de lidar diariamente aqui, durante os testes, “para conhecermos aquilo que podemos ter de encontrar na realidade, o que mais tarde ou mais cedo acontecerá. Claro que todo este risco, esta profissão, não é a que um miúdo sonha quando está a brincar com os amigos, mas alguém tem de o fazer, e sentimo-nos bem por sermos nós”.
Dos equipamentos utilizados, ressalta um fato em kevlar, material resistente ao fogo, que pesa mais de cinquenta quilos, utilizado para desactivar engenhos explosivos, e a menina dos olhos da equipa, um robot ultramoderno de mais de 150 mil euros, que assume a dianteira da missão, sempre que o caso se afigura mais complicado. “Sim, é verdade, entra em todo o lado, tem três câmaras que nos permitem acompanhar tudo como se estivéssemos lá, um braço mecânico extensível para ter contacto com o engenho, e acaba também por ser uma forma de precaver a segurança dos nossos homens porque podemos fazer tudo a uma distância segura”, explica, enquanto vai demonstrando, através do controlo remoto, como funciona o dispositivo.

“Busca”. As palavras mais associadas aos cães, fazem-se também acompanhar de outras. Salvamento, recuperação de pessoas, detecção de armas, explosivos e estupefacientes. O Grupo Operacional Cinotécnico, comandado pelo sub-intendente Fernando Pacheco, extravasa as relações humanas até ao mundo animal. Se o cão é conhecido como o melhor amigo do homem, é também reconhecido como o melhor ajudante dos polícias. Há sete anos ligado ao GOC, não são ocasionais os momentos em que depois de um exercício reconhece ser “um admirador confesso destes animais”, comenta, enquanto se preparam algumas demonstrações das suas potencialidades que, não raras vezes, acabam por atrair espectadores de outras unidades, a fazerem de plateia ocasional às habilidades dos agentes caninos. “Um cão destes, trabalha connosco desde pequeno, até aos oito, nove anos. Depois, vai para a reforma, é oferecido ao tratador, ou a outro membro da polícia. Reconhecemo-los como parceiros no nosso trabalho, proporcionamos-lhes carinho, respeito, e acompanhamos a evolução da sua personalidade o que também acaba por depender um pouco da raça. Temos pastores belgas e alemães, para patrulha e ordem publica, retrivers labradores para farejar, e por aí fora... Embora a raça não seja essencial para o tipo de trabalho que melhor sabem fazer, há condicionantes genéticas de cada espécie que facilitam uma melhor aprendizagem do serviço e temos de ter isso em conta logo desde o momento em que os começamos a treinar, avaliar aquilo em que o cão é melhor”.
Ao redor da nossa conversa, todos os cães estão sentados ao lado do tratador, serenos, apesar de nos olharem com alguma desconfiança. De vez em quando impacientam-se, e começam a ladrar, demonstrando uma ferocidade que, com a ausência de trela se tornaria... complicada, ou até dolorosa. “Não, nada disso! Você olhou-o foi nos olhos e ele não gosta. Está na casa dele, no seu território, e com a personalidade que estes cães adquirem não gostam nada que venham aqui olhá-los de frente... Não se preocupe que eles só atacam quando lhes dizemos para o fazer”. O agente Rui Troca, acompanhado do seu pastor belga Malinois, o Peters que não retira os olhos de cima de nós, decide então aliviar-lhe a energia, e pô-lo a correr. “Estou com ele há alguns anos já... Acabamos por desenvolver uma relação de respeito um pelo outro porque evoluímos e aprendemos um com o outro”. Depois, sim, uma demonstração das suas capacidades, para além do ladrar, que já se tinha mostrado tão estridente, quanto dissuasor... “Temos estado a trabalhá-los recentemente para detectarem armas de fogo, o que não se fazia até há bem pouco tempo”, explicam-nos. E ele fá-lo, em poucos segundos apenas, começando a patinhar na zona do porta luvas, onde o revolver tinha sido previamente escondido. E seguem-se outros, encontram tudo aquilo para o que foram treinados, e recebem sempre um prémio no final, uma espécie de saco almofadado, que é atirado e que ele aproveita para morder e libertar a tensão. “Faz parte do treino e da nossa forma de os entender e acarinhar, dar-lhes este brinde no final, para eles libertarem a adrenalina e descomprimirem”, releva Fernando Pacheco.

Acção musculada... Sinónimo de Corpo de Intervenção, apesar da associação não ser inteiramente do agrado do comandante Ferreira, que lidera a sub-unidade há cinco meses. Aos trinta e sete anos, e proveniente do Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança, reconhece ser essa uma das atribuições primordiais do CI, mas não só. “Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam não andamos aqui para bater, mas para manter a ordem pública. Já houve casos, e isso é natural, em que temos de entrar em acção, sempre com atenção e na proporção exigida pela medida do problema para o qual somos solicitados a intervir”, esclarece. Os cerca de seiscentos agentes que integram a unidade, ainda situada na Ajuda, em Belém, “enquanto não se finalizam os preparativos para o já previsto deslocamento da base para Belas, juntando-se às outras unidades da UEP”, cumprem assim a rotina habitual, entre o ginásio, a formação, e os diversos treinos, da luta corpo a corpo à prática de tiro (apesar de apenas utilizarem, mesmo em cenário real, balas de borracha). “Nem sempre as nossas rotinas, são assim tão rotineiras, porque temos de estar sempre de prevenção com um grupo constantemente preparado para sair para a rua”.
Não existem mulheres no corpo de intervenção. “Não é proibida, claro que não, a entrada de mulheres. O que acontece é que já há muito poucas candidatas, creio que houve apenas uma ou duas até hoje a terminarem o curso. Depois, não estabelecemos, e creio que isso se passa aqui e em todas as subunidades, critérios diferentes para homens e mulheres, todos têm de possuir os mesmos requisitos para serem inseridos nas várias equipas”.
Na formação de final de tarde, toda a unidade se junta na praça principal do aquartelamento. Os escudos em plástico reforçado, as viseiras protectoras, os capacetes negros e todas as protecções brilham enquanto o sol se pões sobre o Tejo, numa imagem serena, tranquila, contrastante com o poder do momento visual. “Como vejo tudo isto? É um serviço para os cidadãos, é o nosso trabalho e gostamos de o fazer bem”.



Caixa:

Destaques:

Factos dos GOE
O GOE hoje é um dos grupos anti-terroristas mais eficazes de todo o mundo. Nas várias provas em que participou, em conjunto outras forças especiais ocidentais, em 50 grupos que participantes, ficou em 4º lugar.

Depois de ter passado os testes físicos, de aptidão, tiro e luta corpo a corpo, o voluntário enfrenta um período de treino de 8 meses. O recrutamento tem lugar de dois em dois anos. Em média, de entre mil voluntários, apenas vinte finalizam o curso como elementos operacionais.

Duas vezes por ano, submetem-se a testes físicos e psíquicos para aferir da manutenção das capacidades para permanecer no seio da unidade.

O seu treino mais famoso é o Face a Face. Dois grupos de homens, frente a frente, e com uma distância de dois metros do parceiro do lado. No intervalo, um alvo que, ao sinal de fogo, é alvejado pelo colega do lado oposto. O interesse do exercício é o de que “permite verificar o auto-controlo de cada um, e treinar para uma operação de tiro cruzado”, explica Magina da Silva.

Notícias Sábado, Janeiro de 2009

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